terça-feira, 26 de julho de 2011

Fim das horas

http://desaforos.files.wordpress.com/2011/06/contato.jpg
O cenário mudou radicalmente nos últimos dias,
um órgão dentro do peito pulsa com lentidão.
boca um tanto amarga...
o resto luta para não apodrecer
tenta não sumir completamente.

Os ditados não tem serventia alguma
As flores daquele jardim murcharam
Os mitos se misturam facilmente
Torrentes cada vez mais vorazes.

Juvantude perdida
Juventude vigiada
Juventude ignorante
Ignorada.

Era pó de pedra
Virou poeira de vidro
Vidraças estilhaçadas
Vidas incomuns.

Alma disfarçada na solidão
olhos nús por sobre a penumbra
Sinais vitais em desfalecimento
o fim se aproxima dele.

domingo, 17 de julho de 2011

http://catracalivre.folha.uol.com.br/wp-content/uploads/2009/05/world-religions.jpg
Multiplicidade
Arquitetura comumente popular
Distorções,
Bagunça
Efeito artificial
Nenhum som atrai
Luzes de emergência
Armaduras fantasiosas
Tendências comuns
Plumas e pérolas
Alguns carnavais.

Canais de televisão que nada acrescentam
Mas representam a cultura daquilo que se diz popular
Músicas que destroem o ego
Jantares romanticos
Pessoas despidas no olhar.

Desculpas usuais
Magneto e tempestades
Quadrinhos e quadris
Jornais e perfis
Internet, internautas e alguns internados
Outros enterrados na ausência de toque
Àqueles que preferem olhar a fria tela,
tocar o insensível teclado à estar pessoalmente com o outro
Porque olhos nos olhos dizem mais
E boca na boca se desfaz.

sábado, 16 de julho de 2011

http://gartic.uol.com.br/imgs/mural/br/brunellamcosta/livre_1296648575.png
Na vontade de ser o que sempre quis
Detalhes deixei passar
Ideias gerais que se esvairam
Virei-me
Dividi-me em pequeninos pedaços que hoje não posso juntar.
Não saciei as vontades
Não manchei o rsoto com tua saliva
Passei por bosques verdejantes
A todo tempo me controlei
Com falas e frase preparadas não soube te surpreender.
Fui racional demais e não segui meus instintos
O tempo passou - ele sempre passa - e leva tudo com ele
As incertezas ficaram entranhadas em minhas víceras
Entre surtos e absurdos te deixei passar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ausência

http://2.bp.blogspot.com/_-BVCyXkTW2w/SiqeztTrD5I/AAAAAAAAANo/3kBr_0w0lGM/s400/ausencia.jpg

O que é o tempo longe de ti?
O maior inimigo.

E a distancia?
Veneno pra quem tem coração.

A pele perde a cor
Os lábios ficam sem sabor
Os cabelos sem brilho
As mãos se entrelaçam solitárias
Os olhos não mais sorriem.
 
E os sonhos?
Agora são como pesadelos que me acordam no meio da noite.

O que hoje representa o outro lado da cama sem você... é a solidão.
As noites de tempestade imaculadas ficaram.

A consciência de tua ausência é o que corrói.
A vida tomou um outro sentido, sem nem se sentir mais vida.

terça-feira, 12 de julho de 2011

http://www.artesdoispontos.com/viu/pcurtico_15.jpg

As noites tem um cheiro diferente
Meus hormônios borbulham de amor por ti
Jogada aos meus pés você é maior
Frases soltas pra me conquistar
Você sabe mais do que deveria

Perfumada dos pés a cabeça e tudo mais
Faço-me teu nestes olhos de menina
Não gravei teu rosto em mim por falta de espaço... tamanha tua magnitude.

Levanta-me e faça-se mais fugaz
Mulher atrós
Fitei teus olhos... um beijo no ar recebi
Mas o relógio marcava tua hora de seguir

Pura distração... você em mim e eu sempre adentrando-te
As horas passam vorazes e não dizem palavras amigas

Alguns tons de verde fazem de ti mais amiga,
mais pura (perversão), mais menina (dos meus olhos)
Esses seus olhos por debaixo das frias lentes desses óculos me fitam como quem quer devorar
Ela não sabe o que faz... e sempre me encanta e se permite encantar-se por mim.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

i... ma... tu... ro...

http://farm5.static.flickr.com/4137/4781560500_c0d8d71dbf.jpg

Doze meses
Trezentos e sessenta e cinco dias divididos em úteis e quase úteis
N'amplitude de teus olhos tardei a ver o amor
Tendo fogo à brasa aquece
Havendo luz seus passos se reduziriam
Teu corpo hoje é pó
Meu EU inexiste sem o teu calor.

Inverno infernal
Anjos caídos distanciam-te de mim
Quatro estações
Somente um presente...
Tua ausência
Vinte e quatro horas de ...
corações sem paixão.

Vinganças
Destinos modificados na ilusão da existência
Chamam-me por um nome desconhecido
Não sou digno de ti
Meteoritos
Terra distante,
Oceano intangível
I... ma... tu... ro.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Marcas

http://data.whicdn.com/images/10300319/tumblr_lipyzuRK6j1qavh9eo1_500_large.jpg?1306791051

O tempo deixará marcas que somente ele apagará
Marcas intempestuosas
Sugestões ao léu
Tentarei afagar tuas vísceras
Inundar-te-ei  o peito com fervor
Apagar teus sinais
Refutar o tempo
Reprogramar teu DNA
Pôr minhas mãos em tua face... 
Encobrir teus olhos para não deixar-te partir
Mostrar-te o ser tão completo que eis
Com o tempo libertar-se-á da fera que o aterroriza
O interior de seu âmago às traças se esvairão
As notas musicais perderão o sentido
Os tímpanos não responderão aos estímulos
Um firme aperto de mão
Um sorriso estampado o cumprimentará
Confundirão tortuosamente suas digitais às minhas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Amiga

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimabCjWq8R-lXNoZixP-XlkNBVDJcVRNiSE4ihDX_IxiCJsTLu2iAqY1DnzKiPxe52bsFl4eerypuNeVwgdCIHB814HRGZ51a9iT3x-ewSAjZ_gyXpHZV88m4-cLXlsTriU2LVgKhkxtda/s1600/sem157_47.jpg
Sonhei teu nome
Pintei teu rosto na parede do meu quarto
Seus olhos como estrelas brilhavam no teto de minha sala
Adormeci cálido e docemente pensando em ti.

As luzes estavam apagadas
Documentos a mão
Dentro não havia nada
Então você surgira como anjo direcionado a me cuidar.

E os dias se fizeram  mais alegres
As tardes quase sem fim
E as noites mais intensas
Contávamos estrelas, histórias e estórias... as suas, as minhas e as dos outros.


Risos e mais risos... risos por todos os lados
Risos gargalhaveis... risos de ti para mim
Risos discretos de mim para o mundo lá fora
Risos constantes ao teu lado.

O caminhar a beira mar contigo era mais belos
A vida mais simples
O tempo passava singelamente devagar
E tu era a minha amiga imaginária
Sempre a me acompanhar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSSAYcfyzqumPTo05YJK1ffpuu3btWvCts73gviwu4tj27yXJTS2BI3UBOHG7_abmIalHQ-AWQ5s6QXTukebANtQV6uXT5FPKhumUOZ9HFoxoBUEWtCMwOtGBmdJ_RPQPCA3Z_3HFe4Aw/s1600/The+scream.jpg

As pessoas complicam tudo
Complicam só pra você descomplicar
Fumaça de cigarros te sufocam
Copos com cerveja te embriagam
Mulheres complexas
Folhagens convexas
Gritos e sussurros por debaixo da mesa
Filmes de Almodôvar
Fale, pinte, brinque, divirta-se com Elas.

As costas doem
O peito pulsa com intensidade
Paladar e conhecimento tácitos
Campos amarelados
Altas mares
Músicas que ressoam distrações
Símbolos repletos de altivez
Vozes baixas querendo grunhir
Cães mansos a te atacar
Mãos invizivelmente atadas
Páginas viradas
Histórias mil e a mil por hora
Versão e aversão
Humanidade
Castidade.