segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sem fundamento

Não preciso de imagens para me fazer entender
Faço uso apenas de palavras
Essas tem vida longa
Artigos,
Contos,
Resumos,
Poesias,
Textos,
Trechos,
Uma infinidade de possibilidades
Extra curricular
Extra, extra, extra
Inúmeras intonações
Significancias,
Sentidos,
Sentimentos
Sentir
Sem ti aqui, aqui... aqui no peito, no cérebro, na boca, nos dedos, na ponta do lápis, teclado, tela.
Esparramadas num pedaço de papel
Alucinando aqueles que as lêem
Com trema, sem trema, não trema e não tema
O tema é este,  o medo antecede o aplauso
Idiomas diversos atravessam oceanos
Atravancando olhares, repetições... re-pe-ti-ções
Os que dão vida as palavras são aqueles que dela usam e abusam.

Placebo

O remédio para todo o tédio
A razão de tua absolvição
A palma que acalma
A lança que fere
A dança que cansa
O som que encanta

Placebo
O remédio para todas...
Amarguras,
Luxurias,
Lamurias,
Teus mistérios

Placebo
Para as instituições
As aparições
As perseguições
As milícias
Os mal'icianos
Os viciados
Os mal'amados
Os não amados
Os desalmados

Placebo...
Para que te quero?
Responda-me aquele souber.

sábado, 29 de outubro de 2011

Verbete.

Marcas de um tempo que tardou a se mostrar
Seus pés eram pequeninos para  tanto caminhar
Logarítimos marcavam e re-marcavam os caminhos
Mal administrador do peito aquele que te deixou escapar por entre os dedos
Suas mãos eram demasiado quente, hoje estão frias pela distância
Há rugas que denotam o tempo decorrido da aurora em que nos conhecemos
Os ritos
Os mitos
Os aflitos
Os sonetos seguidos nas valsas dos salões
A revolução
As trocas de correspondências,
Danças,
Olhares,
Correntes, torrentes
Ligações, aparições
Ela era como um soneto
Ela não era verdade
Não era mentira
Não é passado
E se faz presente
Ela é o caos e a pacificação
Ela é o indefinível.

A razão que me tornou mais amável,
Menos humano,
Mais sensível,
Menos calculista,
Mais artista,
Menos fascista,
Mais sincero,
Mais humilde,
Menos altruista
Ela é o eterno desconfiar
O sim e  o não
O abrir mão do 'EU' em prol do outro
Sem nome, sem dono, sem face
Ela é inexorável
Não manda, orienta.

Ela erra e aprende
Não há imagem que a represente
Ela é...
A ...
..........
.....
.........
minha ...
..........
........
A...
.........
......
........
Sua...
.....
...
..
A...
......
...
.....
Deles...
....
..
E  a...
.......
...
......
dos outros
.....
..
....
...
..
.
Ela é a...
........................
....................
.................
..............
..........
.......
.....
....
...
..
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Consciência.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Os dez encontro meus

 Seus olhos friamente passaram pelos meus e de uma maneira inexpressiva seu corpo se distanciou trôpegamente, naquele instante morri por fora, mas algo dentro de mim tinha esperanças de que, quem sabe num próximo encontro, notar-me-ia?