nossos olhos se cruzaram, reconhecêmo-nos, sem nunca antes termos nos visto... não nesta encarnação. Era como se tivessemos uma história, num passado distante. Ela era alguém em que eu confiava, como uma irmã, um irmão, uma confidente. Sabia lá no fundo que não era romance.
olhares que se cruzam
e se reconhecem
segundos passam como séculos
uma vida inteira
nessa outra existência encarnatória
ela era uma sábia
eu uma aprendiz
quem conta esses fatos não sou eu, mas uma voz que me sussurrava ao pé do ouvido
"fale com ela, ela te reconhecerá", medrosa que sou não dei ouvidos... fugi dali.
nossos olhares não se cruzariam de novo, até a notícia do seu desencarne chegar a mim
é, não foi dessa vez que pudemos estar próximas... não era pra ser
noutra esfera, logo menos a gente se cruza
noutra esfera, logo menos a gente se cruza
quem sabe
Registros afetivos ou não