quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sem nome

Chamo-me Taty Alcântara, nome de batismo, usual, com-um e que se desfaz em moléculas invisíveis. Prefiro a Flor, que mesmo de Plástico é mais presente em seus tenros lábios e não precisa de elogios para continuar, nem regras para mantê-la de pé. Eita, sociedade assassina de nomes de tantos. Somos números de CPF, título de eleitor(humanizados em época de eleição) e identidades quase que inexistentes.
"Nós nos destruímos e destruímos tudo ao redor. Mal acostumamos nossos filhos e netos, domesticamos uns aos outros e os animais. Prendemos aves em gaiolas e depenamos tantas outras pra saciar nosso conceito equivocado de fome; Erotizamos a infância, estimulando a sexualidade precoce; Premiamos a banalização do Ser, das escolhas, eventualmente não tolerando as que diferem das nossas." (Guilherme Azevedo, "Sozinhos em bando" Maio 2012. http://oficialguiazevedo.blogspot.com.br/)
E não desmerecendo o que já fizemos de bom, deixo a seguinte pergunta: Como mudar sem ser mutante(humano) destruidor e vazio?
Há coisas que não necessitam explicações... sentimentos são assim, existem para serem sentidos e não explicados, porque se os explicamos perdem a escência.

domingo, 5 de agosto de 2012

Mistura

Quando os teus lábios tocarem os meus
e esse teu sorriso sacana invadir meus ouvidos
em tardes de domingo...
ah, se eu te dominasse, nem sei.

Em noites nebulosas
quando a lua se esconde de mim
você não aparece em meus sonhos...
sua existência some completamente como se nunca tivesse existido.

Mistura indecente de sabores...
as cores desse inverno
aproximam-te de mim
devagar, divagando (entre linhas) e alucinando.

Ah, se essa mistura fosse menos visceral
Não te sentirias tão perto
ainda que esteja longe num misto de sonho e vontade.
Vontade que vem (fugaz) e não passa.