sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A 'carne' já foi mais fraca. Pessoas eram corpos em prazer sob suas camas e nada mais, e, o coração bem mais vagabundo, equivocadamente apaixonando-se a cada cama em qualquer esquina que o corpo passasse, agora não mais, deseja aquietar-se e amar de modo reciproco um outro ser tão complexo e completo como a si mesmo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Sente falta
dos beijos,
abraços e mais

Sente falta
do falar de modo carrancudo
do timbre da voz

Sente falta
das (re) clamações
das (de)clamações

Sente falta
de achar que era o amor dela
de ser chamado de "amor"

Sente falta
das histórias
tantas quantas ela ainda tinha para contar e não o fez.

Sente falta
das piadas
da dancinha engraçada

Sente falta
de afagar seus cabelos
daquele borogodó

Sente falta
da manha ao pedir massagem nos pés
de vê-la dormir enquanto o fazia.

Sente falta
do cheiro
do chamego

Sente falta
de sua existência na vida dele
de dormir de "conchinha" e acordar excitado

Sente falta
da resenha dos dias
da cervejinha gelada para relaxar

Sente falta
de dizer baixinho "gosto tanto de você, mulher"
de ouvir "gosto tanto da nossa intimidade"

Sente falta
da pasta de grão de bico que só ela faz
da cozinha dela

Sente falta
do tom de voz bravo quando estressada
do fato dela não entender as manias dele.

Sente falta
do tênis e das roupas que ficaram na casa dela
de ser parte daquele lugar ou qualquer outro em que ela estivesse


Sente falta
de estar com ela mesmo sem trocar um afago, quiçá um beijo
de ser o namorado dela

Sente falta
do seu olhar apaixonado
de ir ao cinema e observá-la devorar o pacote de pipoca

Sente falta
de ser algo além de lembranças
um mero conhecido

Extinta de si
Extinto do amor
Extinta paixão
Mas ainda pensa nela.




terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Sabia que não seria fácil, arriscou-se, queria apenas que valesse a pena e foi por um tempo (curto).