segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O que ela sabe, como se sabe... equívocos

As diferenças são gritantes
Ela é de casa
e eu itinerante.

De olhos repletos de luz
os meus azuis, vazios
e cheios de mim
sem espaço pra ela ou quem mais vier pelo caminho.

Deu fim a história pouco tempo depois de tê-la iniciado
segue ainda sem saber o rumo
seu próximo passo é inseguro
Tardio, solitário
assim o desejou.




Aprendizados... preciosidades.









E todos os dias, desde então, ela refutava-se, até que se deu conta de que era preciso se perdoar para de fato seguir em frente. Afinal, somente prescrutando a si que é possível reconhecer-se como uma nova pessoa.
Cada vez melhor, cada vez mais sábia, mas não livre de falhas.
Ela está feliz, estava fora do país a trabalho. Já passou da hora de você se perdoar por tê-la magoado anos atrás, ela já abstraiu e se curou faz tempo, o mesmo que parou pra você.


domingo, 14 de outubro de 2018

Fugia dos beijos dela como quem temia algo
e olhava nos olhos dela com certa vergonha
permanecendo em silêncio.

Ao ser questionada "tu não gosta de me beijar?"
pelo contrário, ela não sabia como se portar diante de tamanho desejo
afinal os beijos eram uma delícia (frisava sem vergonha alguma, parecia)  - respondia.

Acanhando-se dava-lhe outra bitoca (agora meio sem jeito)
para disfarçar a timidez ora sentida
escondida no que acabara de declarar.

Era indecisa n'algumas coisas
ir ao cinema, mas que filme assistiremos
ao restaurante, não sabia o que queria comer e nem se queria ir

Era um vazio tão grande que demorou muito para perceber
que todos os amores que tivera
foram de forma egoica

Seu ego necessitava ser admirado para se fortalecer
enquanto o alimentava, não amava
quando e se deixar de nutri-lo abrirá espaço para o amor verdadeiro
porém não sabia se era capaz.