sexta-feira, 19 de abril de 2019

dormi na cama dela sentindo seu cheiro, mentira, não sinto cheiros... mas parece que a saudade sente.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

quarta-feira, 17 de abril de 2019

a noite eu perco o sono
aprecio o sono dela
vislumbro na penumbra tua boca entreaberta e o peito nu
sinto frio
acendo a luz do abajur pra ler
agora passo a manhã caindo de sono
mas guardo na retina as imagens da noite passada em claro.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Quem muito se explica... tropeça. ela está caindo de um penhasco em câmera lenta.
Cães são feitos de amor, já eu, humana, sou feita dos equívocos (falas desnecessárias) em momentos delicados que detonam as relações.
Ela não passa um ano sem sofrer por término de relacionamento, mas também não passa sem estar apaixonada. É intensa, no tudo ou nada, se não for o pacote todo ela nem quer. DR's são bem vindas!
Ela achou alguém que cabia nos seus sonhos (estragou tudo de novo) e quando acordou ela não estava mais lá.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Faíscas poéticas sobre ela

quem vê assim nem imagina o dobrado que ela (assim como tantas outras mulheres) corta para cuidar de si sem surtar com questões alheias.

A julgam mulher forte, guerreira
         estará fora das paginas dos livros
suas histórias não serão contadas por seus descendente
              e não será necessário.

a cada dia conta um pouco do que sentiu através de sua poesia.
               Pueril,
       e supérflula a olhos desatentos.

nela cabe tantas coisas;
                    os espaços são diversos
        cabe fusão n'outro ser
o entendimento sobre o não se fundir para estar com
                cabe loucuras
                             devaneios
                              surtos nada psicóticos.

Cabe um pouco do outro
        um universo de coisas,
              de acontecimentos,
                     sensações.

Ela é feita de dinâmicos universos
     poeira de estrelas
          união de átomos
polaridades energéticas
                  vísceras
        e muita imaginação.

nela cabe o desafio de revelar quem de fato é
cabe o silêncio - xiiiu - shiiiiu
                             no entendimento de que raríssimos serão os seres (humanos) que a entenderão.

num coração do tamanho de seu punho cabe:
    aprendizados,
         afeto
             compaixão
e cabe desapego de tudo aquilo que não há porque acessar novamente.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Ansiosa por estar indo colar grau (fazer o juramento), encerrar este ciclo - tão lento. Depois de tanto tempo, merecia comemorar essa data, parou de correr, apreciou a paisagem do caminho até lá... conquistas. O que ela mais queria neste dia era gritar, "olha mãe, olha pai eu consegui. Gratidão!" será que eles a ouviriam de onde estivessem?! perguntava-se.
Ela não precisava de mais nada, porque no fundo, o que importava era estar vivendo este momento de forma saudável - corpo, mente e alma. E assim foi.
janeiro chegou, ela não tinha planos;
veio fevereiro, o plano era superar o término do namoro;
em março seu plano era viver o carnaval. Elas voltaram a se relacionar e viveram o carnaval juntas;
Em abril o plano é colar grau e dar fechamento a um ciclo.
Para os próximos meses o plano é estar saudável para vivê-los da melhor maneira possível.

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Focada em cuidar dos outros - irmãos, amig@s, outros afetos -  escondia segredos irreveláveis até mesmo para si. Ela tinha medo de mergulhar e chafurdar sua lama em busca de respostas.
Aos poucos ela tem enfrentado e segue...

terça-feira, 2 de abril de 2019

Notas sobre o cara que conheci ou notas sobre nós

Em 02 de abril de 1966 nascia uma criança que um dia viria a ser o meu pai
cresceu com três irmãos mais velhos...
ainda menino namorou uma moça (aquela que viria a ser minha mãe), ambos irresponsáveis, jovens demais para embarcar naquela viagem que geraria três filhos, uma viagem a cinco que duraria cerca de 13 anos mais ou menos. tempo suficiente para criar algumas memórias. As minhas, por acaso, não são muito boas.
O cara que eu conheci gostava de soltar pipa e balão, era alucinado por futebol, pelo Flamengo especificamente. Era amigo de todos, querido por alguns, temido e respeitado por outros, tantos quanto posso me recordar.
Impossível lembrar com que idade nos conhecemos, creio que o carinha que soltava pipa e balão tinha uns 16/17 anos, era menino quando mamãe me deu a luz. Estivemos sob o mesmo teto por 13 anos, apenas.
O nosso abraço, quase 7 anos sem contato algum, estava repleto de saudades, daqueles que não puderam ser companheiros por conta de decisões equivocadas de ambas as partes.
Quando nos reencontramos em meados de 2017 aquele cara de gênio forte e brigão já não existia mais
pudemos aos poucos e cuidadosamente nos aproximarmos
prudentemente fomos resolvendo as questões.
No ano seguinte ao nosso reencontro ele ficou doente
era câncer, ele estava com 52 anos
cuidamos
demonstramos afeto
e amor durante o tempo que tivemos.
No seu último natal estivemos próximos, ainda que ele já não estivesse mais articulando frases.
Queria ter tido mais tempo para conhecer o cara que ele se tornou
algumas afirmativas caíram por terra e isto nos aliviou o coração
tenho uma teimosia que reconheço herdada dele.
Hoje, dois de abril de dois mil e dezenove se ainda estivesse encarnado estaria completando cinquenta e três anos
e em uma semana poderia me ver colar grau na faculdade.
É estranho pensar que ele não está mais em sua casa fazendo plenos
ou assistindo a tv caladão
ou ainda comentando algo sobre o cenário político com tanta sabedora que me causava espanto e admiração.
Creio que sua missão tenha sido cumprida com êxito e por isto sua jornada aqui chegara ao fim
e espero que sua alma encontre paz.