sexta-feira, 10 de maio de 2013

O dia em que a Terra poderia ter parado só pra mim.

"Sabe aquele dia que você não queria acordar, sair da cama, trabalhar, ver ou falar com pessoas, nem se quer passar por nenhuma rede social? Este dia é hoje. Aí, você se controla para não gritar FODA-SE o mundo todo, quero descer e sumir por uns dias até que consiga entrar em mim e racionalizar mais (sentir menos) e dar adeus provisório para toda aflição sentimental dessa época e outras épocas quase depressivas, contudo, pessoas insistem em falar com você, solicitar resoluções das tarefas de trabalho, pesquisas para os cursos da faculdade, entre outros contatos que você tentou evitar desde que decidiu encarar este dia (fatídico) e sair de casa, olhar para o azul do céu (não pensar nem dizer nada), desejar ser invisível e não conhecer ninguém. É como se a sua existencia não fizesse o menor sentido, como se faltasse alguma coisa, vez e outra sente-se assim (é disso que você foge, do sentir), quer racionalizar tudo e ainda assim consegue se perceber ignorante (e isto já é uma forma de conhecimento). Na noite que antecedeu este dia você parecia ótimo, mas não conseguiu dormir direito, teu sono e sonhos foram interrompidos e quando finalmente adormeceu o despertador do celular tocou só pra te trazer à realidade de um humor oscilante (quase bipolar), quase sem sentido de ser, mas sentindo-se doente da alma, mas que alma é essa que nega sua própria existencia? Você não quer se negar. Os sons que se ouvem não são os de seus pensamentos, mas vozes extremamente desagradáveis e questões ínfimas das quais essas vozes fazem tempestades em copinhos de café (e você quer fujir disso também)."